FOI ASSIM QUE TUDO COMEÇOU…

 
Foi assim que tudo começou…
Nasci em São Caetano do Sul, no dia 03 de junho de 1963 às 00h40, (4a feira) no Hospital Beneficiência Portuguesa, parto normal com o auxílio de um grande médico e excelente ser humano, Dr. Silvio Torres.

edsonSou filho caçula de Eduardo Lorenzini Filho e Maria de Lourdes Lorenzini, tenho dois irmãos, Eduardo e Betty.

Tive uma infância normal como qualquer criança, porém aos oito anos algumas características de mediunidade começaram a se manifestar através do sonambulismo.

Vivi a fase da adolescência também normal, porém desde então eu já me considerava muito responsável, gostava de fazer tudo corretamente. Claro que obtive os estímulos de boa conduta através da educação familiar que recebi. No entanto já nascia em mim a vontade de ajudar as pessoas. Às vezes eu me considerava muito mais maduro do que minha idade cronológica.

No âmbito religioso, freqüentei Igrejas Católicas, reconheço que nesta época, algumas premonições já ocorriam comigo, sem que eu identificasse como fenômeno mediúnico.

Recordo-me que, pouco antes de completar 18 anos, notei que eu era diferente de meus amigos, pois eles almejavam de imediato obterem a carteira de motorista, e eu não me importava muito com isso, sentia dentro de mim que gostaria de estar completando 32 anos. Não compreendi o que isto queria representar, mas a sensação era de um grande acontecimento.

A partir daí, estas premonições acentuaram-se em maior freqüência. Certa vez, antes de sair de casa, tive a impressão de que algo ruim fosse acontecer comigo. Eu havia combinado jantar com alguns amigos, paramos numa pizzaria, então de repente olhei para eles e disse que estava sentindo que poderíamos bater o carro. Eles se assustaram. Na volta, a sensação voltara mais intensa, quando eu olhei no retrovisor, notei que um carro desgovernado vinha em alta velocidade e não sei como este carro se desviou de nós e bateu no carro da frente.

Outro exemplo fora num show artístico quando olhei para um dos componentes do conjunto e disse para uma amiga que o instrumento dele se quebraria, de imediato isso aconteceu me surpreendendo muito. Daí por diante, se tornou comum perceber outras coisas do tipo; quando alguém ligava para mim eu já havia visto a cena antes, ou pensava em uma pessoa e a  encontrava minutos depois.

Meu primeiro contato com a Espiritualidade, fora aos vinte anos. Eu morava perto do Grupo Espírita Irmã Clara, e tinha curiosidade de conhecer este local. Através de um problema com minha sobrinha, uma amiga de minha mãe indicou o centro. A menina tinha por volta de seis anos e fora submetida a uma cirurgia espiritual. Nesta época eu cursava a faculdade de Odontologia, na cidade de Lins, no Interior de São Paulo, e não havia a possibilidade de freqüentar este centro. Depois de formado, fui trabalhar em São Paulo por dois anos. Em seguida voltei para São Caetano e comecei a trabalhar na APAE, atendendo pacientes particulares e crianças especiais.

Um dia uma paciente, olhou para mim e perguntou se eu era Espírita, disse-lhe que não, mas que tinha muita vontade de conhecer sobre o assunto. Ela se entusiasmou e me convidou para visitar a Grupo Assistencial e Filantrópico Joanna de Ângelis (Santo André). Fui assistir a uma aula e gostei muito e senti muita afinidade com o assunto. Comecei a frequentar a casa, assistindo outras palestras e resolvi fazer o primeiro curso (T2), no ano de 1991.

Por três vezes consecutivas quando eu estava no salão de palestras, tive uma revelação ao olhar um quadro com a imagem de Jesus. Notei que o Cristo respirava e abria seu manto, mostrando-me uma luz muito intensa que saia de seu coração, e algumas freiras transitavam no salão junto aos assistidos.

Não comentei com ninguém, no entanto esta visão se repetia, então resolvi relatar o fato com a dirigente do curso. Ela me explicou que isto era sinal de mediunidade, me encaminhou em seguida para outra dirigente que complementou ser mediunidade muito aflorada. Completei o T2 e no ano seguinte cursei Doutrina Espírita e Desenvolvimento Mediúnico.

Até então, eu nunca havia tido uma manifestação de vidência. O meu primeiro contato direto com os Espíritos, ocorreu no da 13 de maio em minha 1a aula prática. Recebi a incorporação de um espírito que viveu no período da escravidão. Lembro-me que ele estava num porão escuro com uma mordaça na boca. Depois disso comecei a receber diversas mensagens de mentores, em particular de um Franciscano.

Em 1993, iniciei o curso de Aprendizes do Evangelho, (14a turma) à tarde, após seis meses pedi transferência para a turma da noite (15a turma), por motivos profissionais. Citei isso, porque recebi duas grande lições de “minhas mães de turmas” (dirigentes), a primeira, me ensinou a doçura e a segunda, muita disciplina. Dois aspectos dos quais eu me identifiquei muito. No término deste curso básico, havia uma avaliação para que pudéssemos atingir o grau de Servidor. Cada aluno deveria escolher um lema para trabalho. Muito envolvido sem que eu percebesse, escolhi de imediato:
Servir ao Mestre Jesus, aliviando o sofrimento dos meus semelhantes.
No dia do exame, recebi a orientação dada pelos mentores da dirigente que eu era compatível com o meu lema recebido:
Tens em tuas mãos filho, muito material para o trabalho. Este instrumental deve ser colocado à disposição de Jesus. Somente assim, poderás multiplicá-lo e alcançarás o progresso que desejas! Que Deus  te abençoe!

Meu primeiro trabalho como servidor foi em desobsessão, permaneci apenas por três meses, recebendo então a orientação  que minha mediunidade era para um outro tipo de trabalho. Fiquei afastado dos trabalhos mediúnicos por um ano, apenas continuando com os cursos.

Fui convidado para conhecer o Grupo Espírita Irmã Clara. Gostei muito e comecei a trabalhar no Socorro Mediúnico durante 03 meses. Apesar de ter sido muito bem recebido por eles, percebi que não havia de minha parte afinidade com o tipo de trabalho.

Eu me perguntava o que eu poderia fazer para que eu me sentisse preenchido, resolvi aguardar direção do plano espiritual.

Tentei novamente como servidor na Grupo Assistencial e Filantrópico Joanna de Ângelis, na sala de tratamento para saúde, durante alguns meses. Achei muito válido, porém dentro de mim ainda soava que esse não seria o meu trabalho. Neste ínterim, concluí o grau de Discípulo de Jesus, recebendo uma mensagem de mentor :
Irmão, a divina melodia deve ser tocada por mãos hábeis. O treinamento constante faz o bom “tocador”. Assim também acontece nas coisas espirituais. para que se tenha todo equilíbrio necessário, é preciso que você se mantenha em constante vigilância. O trabalho é grande, a necessidade de bons trabalhadores, também é grande! Irmão, trabalhe em nome de Jesus, aperfeiçoando-se a cada dia. Que o Mestre o abençoe.

Novamente eu estava sem ter como exercer minhas faculdades mediúnicas eu não imaginava o que vinha pela frente.

Desde então, comecei a perceber uma Equipe de Mentores Médicos que se aproximavam cada vez mais de mim. Eles me intuíam em algumas questões, algumas vezes eu apenas sabia que eles estavam me observando e irradiando muita energia. Eu me sentia muito confortável com a presença deles, mas não comentei com ninguém. Era raro o dia em que eu não os percebia perto de mim. Costumavam apresentar-se em meu consultório.

Um dia com o auxílio de minha prima Silvia Maria Martins Salgado, através de sua mentora Mãe Guilhermina, obtive a confirmação da presença esta equipe médica ao meu lado, pois esta mentora disse-me tudo exatamente como eu havia visto e sentido em relação a eles. Fiquei emocionado e agora se fortalecia a sensação de que era este o caminho. Meu coração vibrava, senti então um preenchimento inexplicável. Tive vontade de chorar de tanta emoção.

Pedi mentalmente para que Deus me permitisse receber um sinal, em que eu pudesse compreender que eles estariam me solicitando, pois eu estaria inteiramente disposto a aceitar a direção da Espiritualidade.

Resolvi esperar por um contato mais direto e ocorreu.

Numa manhã eu estava em meu consultório atendendo outra prima, Vera Lúcia Martins Salgado. Ela percebeu a presença dos médicos ao meu lado, pois Vera é clarividente. Eles disseram para ela ir procurar um médico da matéria, sem que ela formulasse a pergunta. Assim ela o fez, e através de uma ultra-sonografia fora detectado um problema gravíssimo em seu fígado. Desesperada ela voltou a me procurar em meu consultório, muito trêmula com o resultado dos exames em mãos. Chorava muito ao me relatar os fatos.

Inesperadamente, coloquei minhas mãos nos ombros dela e disse-lhe:
“Calma filha, nem tudo está perdido”. Senti o envolvimento de um dos médios que me visitavam. A partir daí comecei a fazer um tratamento Espiritual em minha prima através deles. Foram 03 atendimentos, então eu ouvi o nome do Dr. Hans e vi sua assistente uma médica oriental. Porém no último dia, quem se apresentou foi o Dr. Bezerra de Menezes, dizendo que sela estava curada. Vera então, procurou seu médico e pediu um novo ultra-som, e realmente constatou-se que não havia mais o problema. Estava curada!

Emocionado e com certa determinação, disse-me que a partir daquele dia, ela gostaria de me acompanhar para praticar a verdadeira caridade. O meu envolvimento com os médicos espirituais tornou-se então mais sólido. Fui procurado para socorrer algumas pessoas em suas residências e algumas vezes em hospitais. Dedici fundar o primeiro local para atendimento espiritual, junto com Vera e mais dois amigos. No dia 28 de julho de 1995, iniciamos nossos trabalhos para atendimento aos necessitados, à Rua Tapajós, 797, Bairro Barcelona em São Caetano Sul, mesma data em que comemora-se o aniversário da cidade.
Nesta época eu tinha acabado de completado 32 anos e recordei-me da fase dos 18 anos, quando tive aquela premunição de chegar rápido à esta idade… Realmente, fora uma mudança muito significativa em minha vida.

Trabalhamos por volta de seis meses, como o número de pessoas começou a aumentar muito, decidimos procurar outro local. Mudamos para um salão maior, onde estamos atualmente, na rua Tenente Antônio João, 70 em São Caetano do Sul. No entanto, precisávamos definir qual seria o nome de nossa instituição.

Certa noite, tive uma revelação em sonho e despertei com a frase:
Seara das Fraternidades“, que para mim significou a união de todas as Entidades Espirituais.

Neste ano ao completar 40 anos, senti uma vontade muito grande de comemorar o meu aniversário com os meus amigos e a  Equipe Espiritual com uma reunião na “Seara”. Não entendi muito bem a razão disso, porém, como o “acaso” não existe, um dia antes de meu aniversário, recebemos oficialmente a documentação de compra do terreno onde será construída a nova instalação do Grupo Seara das Fraternidades. Agora este motivo merece ser comemorado, pois estaremos em melhores condições para atender aos que nos procuram.

Sinto-me muito feliz em poder compartilhar isso com vocês, pois sei que este presente também é muito importante para todos. Então eu só posso agradecer a Deus por isso, e a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que pudéssemos avançar no nosso propósito Espiritual.


Uma dedicação especial:
Sem-título-300x201“Aos meus queridos pais, pelo apoio e dedicação. Em especial à minha mãe, por ter sido o veículo que o plano Espiritual se utilizou através da intuição que recebeu, para levá-la até o lugar, onde seria o nosso futuro local para atendimentos.”

“Obrigado por vocês terem me recebido como seu filho.”

– Ao Grupo Espírita Joanna de Ângelis (Santo André), pela minha iniciação. – Aos colaboradores do Grupo Espírita Barsanulfo (Santo André) e Maria de Nazaré (Pqe. São Lucas)

– Aos amigos e trabalhadores: Agradeço por estarmos juntos nessa jornada, procurando abraçar o mesmo ideal de Crescimento Espiritual

– Aos frequentadores: pelas Vitórias alcançadas, pois muitos conquistam a cura física e espiritual.

E aos Espíritos de: Joanna de Ângelis, mãe Guilhermina e aos meus queridos amigos da Equipe Médica do Dr. Hans e Bezerra de Menezes.
Vocês representam uma parte dentre todas as Fraternidades que nos assistem.
Obrigado meu Deus, peço-vos que me permita cumprir com amor, a missão que abracei, me iluminando e protegendo para que eu possa realizar este propósito divino em prol da humanidade.

Minha lição pessoal:

“Se eu não tivesse tido a ousadia de acreditar naquilo que eu estava sentindo, talvez hoje eu não tivesse conseguido atingir meus objetivos e nem tão pouco merecido a confiança daqueles que me inspiram…”

Gostaria que todos pudessem enxergar a Espiritualidade, com uma visão mais simples e ampla. Desta forma estaríamos mais unidos e trabalhando verdadeiramente em nome de Jesus.

Edson Lorenzini
03/06/2003